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quinta-feira, 21 de janeiro de 2016

Cuidado com os sapos!

Quando um cão ou gato vê um sapo pulando na rua, naturalmente ele deseja investigar. No entanto, os donos dos animais nunca devem deixar seu cachorro  ou gato brincar com um sapo. Eles são extremamente perigosos por conta do veneno que secretam. A intoxicação devido ao veneno do sapo é mais comum nas propriedades rurais, são quatro espécies de sapos que provocam intoxicações são eles: Bufo ictericus (muito comum), Bufo schneideri (comum em propriedades rurais), Bufo marinus (comum em cidades litorâneas) e o Bufo rufus (comum em regiões de mata). O veneno  do sapo, se localiza numa "bolsa" atrás do olho, quando ele se sente ameaçado, o mesmo libera o veneno, que se espalha por toda a pele do animal, e o cachorro é o mais acometido, o método de contaminação pelo veneno do sapo é oral.
Dentre os sinais clínicos os animais  podem apresentar:
  • Irritação local
  • Sialorreia
  • Mucosas hiperêmicas - Porque causa uma reação inflamatória na mucosa.
    • Vômito
    • Depressão
    • Fraqueza
    • Ataxia/andar em círculos
    • Convulsão / edema pulmonar / cianose / morte
    • Incontinência fecal e urinária
    • Arritmias cardíacas
    • Convulsão / edema pulmonar / cianose / morte

    Se você chegar a presenciar o seu animal brincando com um sapo na boca, não tenha dúvidas leve-o ao veterinário imediatamente não espere os sinais clínicos aparecerem.




    FONTE:http://www.resumaodeveterinaria.com.br/intoxicacao-por-animais-peconhentos/







            sexta-feira, 15 de janeiro de 2016

            Intoxicações em anfíbios

            Anfíbios são bastante sensíveis a muitos compostos tóxicos em níveis tolerados e baixos por répteis, aves e mamíferos. Isso se deve principalmente à natureza permeável da pele do anfíbio, à rede vascular cutânea extensa e à proporção alta da superfície com relação ao volume, com todas elas potencializando a absorção cutânea e a assimilação de muitos compostos. Os sinais clínicos de intoxicação são bastante vagos, mas em geral envolvem eritema, petéquias, aumento na produção de muco, irritabilidade cutânea, agitação, letargia, dispnéia, convulsões, paralisia flácida, regurgitação e diarréia. O diagnóstico preciso de intoxicação muitas vezes não é possível, devido às dificuldades técnicas do isolamento do agente intoxicante (dificuldade de obtenção de amostras no animal vivo e quantidade de material insuficiente a partir de uma necropsia). Boa parte dos compostos tóxicos está incluída entre os desinfetantes e detergentes e, portanto, deve-se evitá-los quando se limpa terrários. O tratamento envolve normalmente remoção da fonte de intoxicação (através de lavagem com água pura e fluidos parenterais) e terapia de suporte no animal afetado. Porém, é importante que isso seja feito cedo, pois caso contrário, podem ocorrer imunossupressão e infecções secundárias.

            quinta-feira, 3 de dezembro de 2015

            Fipronil e seus efeitos nocivos ao animal

            O Fipronil é um derivado dos Fenilpirazóis e constitui-se como um dos ectoparasitas mais recomendados pelos médicos veterinários, sendo utilizado para o controle de carrapatos e pulgas em diversas espécies, como cães, gatos e bovinos. O produto é comercializado nas formas de pray e pour-on, que contêm concentrações diferentes do princípio ativo.


            O Fipronil age inibindo a ação do GABA, um neurotransmissor inibitório, provocando, assim, uma hiperexcitação do parasita e, consequentemente, sua morte. Nos animais, o composto não provoca muitos efeitos indesejáveis, possuindo uma ampla margem de segurança. 

            Apesar disso, o uso inadequado dessa droga (doses elevadas, administração por via oral, exposição ocular, etc) pode levar a intoxicação do indivíduo, o que muitas vezes está associado ao aparecimento de sinais leves, tais como vômito, sialorreia, reações de hipersensibilidade, entre outros.

            O tratamento para esses casos é, normalmente, sintomático e de suporte e o prognóstico varia muito com o caso, mas geralmente é bom e os animais que recebem a assistência médica adequada, se recuperam rapidamente.

            Dessa forma, sempre que for fazer uso de produtos que contenham substâncias nocivas a saúde animal, a exemplo daqueles à base de fipronil, é necessário informar-se sobre como usá-lo, para que espécies é indicado, qual a concentração, evitando possíveis acidentes. Essas indicações geralmente vem explícitas na bula/ rótulo, mas em caso de dúvidas, consulte seu médico veterinário de confiança. 

            Fonte: RIBOLDI, E. O. Intoxicações em pequenos animais - Uma Revisão. 2010. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Medicina Veterinária) - Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2010. 

            quarta-feira, 25 de novembro de 2015

            Atenção para as plantas tóxicas no setor agropecuário!

            Das várias causas que podem levar bovinos, ovinos e caprinos a consumirem a planta tóxica, a fome é a principal delas. Outros fatores que devem ser considerados são: o vício, situação na qual os animais podem desenvolver o hábito especial de ingerir a planta; a perversão do apetite, quando o animal torna-se pouco seletivo ao alimento; e a adaptação, situação na qual animais trazidos de regiões distantes e introduzidos sem um período prévio de adaptação em novas regiões são as vítimas mais frequentes desse tipo de intoxicação. Deve-se, ainda, considerar os tratos com a lavoura: nesse caso, a falta de limpeza periódica dos pastos favorece a concentração de plantas tóxicas e, consequentemente, acarreta em aumento do risco de ingestão dessas plantas pelos animais.

            Algumas plantas que são de interesse agropecuário e que chamam bastante a atenção dos produtores são:

            Palicourea marcgravii: também chamada de cafezinho, café-bravo, erva-de-rato, roxinha e vick.

            Essa planta pertence a um grupo de plantas que causam morte súbita. Ela possui uma ampla distribuição geográfica, sendo encontrada por todo o território brasileiro. Ela possui também uma boa palatabilidade, ao contrário do que normalmente ocorre com outras plantas tóxicas, a fome não é a principal causa da procura da planta pelo animal. Por fim, ela possui uma alta toxicidade, tendo seus frutos e suas folhas como partes tóxicas da planta. Ela possui, como princípio tóxico, o ácido monofluoracético, possuindo uma evolução superaguda do quadro em bovinos. Os animais apresentam relutância ao andar, tremores musculares, queda, mugidos constantes e convulsões.

            Ipomoea carnea: também chamada de algodão bravo e canudo.
            É encontrada principalmente na região Nordeste do Brasil. As intoxicação por essa planta normalmente ocorrem quando há escassez de forrageira, porque ela se conserva verde em períodos secos. Seu princípio tóxico é a suainsonina, promovendo a morte celular em último estágio. A evolução dessa intoxicação é crônica e resulta em emagrecimento progressivo, tremores dos membros posteriores e incoordenação motora. A retirada da planta permite que haja a remissão dos sintomas.

            Ipomoea asarifolia: também chamada de salsa.
            Encontrada principalmente na região Nordeste. Da mesma forma que ocorre com a I. carnea, durante a escassez de forrageiras, há o consumo dessa planta, podendo causar intoxicação nos animais de produção. Até o momento, seu princípio tóxico não é conhecido. Os sinais clínicos do animal são sempre de ordem nervosa e é possível verificar sonolência, tremores musculares, principalmente na cabeça e no pescoço e incoordenação. Em caprinos, mesmo com a retirada da planta, não há a remissão dos sintomas.



            Manihot esculenta: também chamada de mandioca.
            É classificada como planta cianogênica, uma vez que essa planta possui altos níveis de cianeto. Normalmente, a intoxicação por essa planta deve-se a erros de manejo. Os principais sinais clínicos observados são salivação excessiva, espasmos musculares generalizados e convulsões. O animal também pode apresentar dificuldade respiratória, podendo ter uma parada respiratória. Quando a concentração de cianeto é muito elevada, pode ocorrer a morte do animal em poucos minutos após o aparecimento dos sinais clínicos.


            Vale ressaltar que todas as plantas supracitadas são apenas alguns exemplos da grande variedade de plantas tóxicas que são nocivas à saúde dos animais de produção. Além disso, é necessário conhecer a morfologia dessas plantas e tentar retirá-las do alcance dos animais, a fim de prevenir possíveis intoxicações. Contudo, o animal que estiver intoxicado precisa ser consultado imediatamente pelo médico veterinário, a fim de que possa ser efetuado o devido tratamento.

            Fonte: SPINOSA, H.S.; GORNIAK, S.L.; PARLERMO-NETO, J. Toxicologia Aplicada à Medicina Veterinária. Barueri, SP. Manole, 2008.

            terça-feira, 3 de novembro de 2015

            Intoxicação por gases tóxicos em aves


            As intoxicações em aves mantidas em cativeiro são relativamente frequentes e podem ocorrer por ingestão, inalação ou absorção percutânea de substâncias tóxicas e também pela administração inadequada de medicamentos ou overdose.  As aves são mais vulneráveis à intoxicações do que os mamíferos e répteis.  Por serem curiosas e ativas, acabam ingerindo materiais estranhos e tóxicos.  Além disso, as características de sua anatomia favorecem à intoxicação : o sistema respiratório dispersa mais rapidamente as partículas e gases tóxicos inalados.
            Gases tóxicos, como o próprio nome diz, levam a ave à intoxicação.  Um dos gases que muita gente não sabe que é prejudicial à ave é a PTFE (TEFLON), polímero sintético utilizado como antiaderente na fabricação de panelas, conhecido comercialmente como Teflon (marca registrada).  Este material é relativamente estável a temperaturas inferiores a 260ºc, mas acima de 280ºc libera diversos gases tóxicos às aves e, sendo os pulmões o alvo desse tipo de intoxicação, geralmente a morte é imediata, dependendo do grau de exposição a ave pode apresentar alguns sinais clínicos como sonolência, incoordenação motora, fraqueza, convulsão.

            Durante o uso comum das panelas antiaderentes o nível de gases tóxicos liberados é muito baixo. Em ambiente bem arejado, como uma cozinha, não é considerado um grande risco de intoxicações.  Os principais casos ocorrem quando esquecemos panelas no fogo, a panela começa a superaquecer e libera uma fumaça muito forte, esta sim mata uma ave em poucos minutos.
            A ave tem um sistema respiratório muito mais complexo do que a do ser humano, é pequeno, sensível e pouco elástico, no entanto a capacidade de troca de oxigênio/gás carbônico é três vezes maior do que o nosso pulmão, e por essa razão sofrem mais com os efeitos nocivos de fumaças e gases. 
            Portanto, não deixe a gaiola de sua ave próxima a cozinha, e nem de quaisquer ambientes que podem haver a dispersão de gases ou de fumaças como as de cigarroincenso, etc. 
            Nos casos acima citados, deve-se dispensar atenção total à ave, levando-a imediatamente a um veterinário, pois provavelmente terá de ser tratada inclusive com a ministração de soro e alimentação via sonda. Não dê medicamentos à sua ave por conta própria! 

            Fonte: http://www.calopsitas.org/intoxicacoes

            segunda-feira, 5 de outubro de 2015

            Intoxicação por Amitraz em Cães e Gatos

            O amitraz é um antiparasitário do grupo das formamidinas, que é utilizado como acaricida e carrapaticida na Medicina Veterinária. O produto é relativamente barato e de fácil aquisição, o que torna seu uso bastante popular no Brasil. As apresentações comerciais devem ser diluídas adequadamente para a aplicação tópica, sendo sua absorção maior em peles inflamadas e lesadas, embora seja também absorvido em pele integra. Em cães é utilizado no tratamento de escabiose, demodicose e no controle de carrapatos, já nos gatos é utilizado no tratamento da escabiose e demodicose felina.



            Embora seja considerado seguro, as intoxicações podem ocorrer principalmente se não forem seguidas as indicações de diluições adequadas, se não forem usados após o preparo ou após a ingestão de coleiras contendo o produto. Os animais idosos e mais jovens são mais sensíveis ao agente tóxico. 

            Seu mecanismo de ação consiste na inibição da enzima monoaminoxidase (MAO)  e estimulação dos receptores α2 adrenérgicos, dessa forma o animal pode apresentar a seguinte sintomatologia: ataxia, depressão, hipotermia, perda de reflexos, bradicardia, midríase, hiperglicemia, hipomotilidade intestinal, entre outros. Pelo fato de causar hiperglicemia, não pode ser utilizado em animais diabéticos e por causar hipomotilidade intestinal não pode ser utilizado em equinos, uma vez que culmina em cólicas.
            Diante de um caso de intoxicação por amitraz o animal deve ser levado ao consultório veterinário o mais rápido possível para receber o tratamento sintomático e de detoxificação, uma vez que não existe antídoto específico. 


            Fonte: http://www.revistas.usp.br/bjvras/article/viewFile/26715/28498

            SPINOSA, H.S.; GORNIAK S. L.; PALERMO-NETO, J. Toxicologia Aplicada à Medicina Veterinária. Barueri, SP: Manole, 2008.

            domingo, 27 de setembro de 2015



            O Perigo das Abelhas

            Assim como nós humanos, os animais também sofrem com as picadas de insetos, entre eles abelhas, vespas e marimbondos. Geralmente, os acidentes envolvem reações leves, porém, animal pode apresentar uma maior sensibilidade ao veneno inoculado, promovendo uma reação de hipersensibilidade I, ou ainda alterações mais graves, que tendem a anafilaxia. A ocorrência do choque anafilático depende não só do animal, mas também do número de picadas e quantidade de veneno inoculado.

            Os acidentes causados por múltiplas picadas de abelhas são normalmente graves e potencialmente fatais nos animais domésticos. O veneno destes insetos é composto por uma variedade de substâncias, as quais induzem reações tóxicas e alérgicas severas. O principal composto descrito é a melitina, um peptídeo que reúne características hemolítica, cardiotóxica e citotóxica. Além disso, age em sinergismo com a fosfolipase A2, a qual é considerada o antígeno mais alergênico, junto a fosfatase ácida. São encontrados também no veneno:

            ØApaminas: Ação neurotóxica, levando a espasmos musculares e convulsões
            Ø  Fator degranulador de mastócitos: Relacionado ao aparecimento de dor e eritema loca
            Ø  Hialuronidase: Facilita a disseminação do veneno no organismo
            Ø  Cininas: Permitem maior permeabilidade vascular e contração da musculatura lisa e esquelética.
            Ø  Aminas ativas (Histamina, Noradrenalina, Dopamina), antígeno 5, etc.


            As reações as picadas são muito variadas, de acordo com os fatores já citados. Alguns animais podem apresentar somente uma reação inflamatória local, enquanto outros exteriorizam sinais de hipotensão, fraqueza, mialgia, êmese, taquicardia, taquipneia, espasmos musculares, nistagmo e convulsões. Devido a cardiotoxicidade do veneno, alguns indivíduos chegam rapidamente a óbito. Os animais sensíveis podem apresentar sinais de anafilaxia, em no máximo 30 minutos pós- picada, podendo ser observado diurese, sialorreia, prurido e falência respiratória. Existem ainda aqueles que apresentam uma hipersensibilidade tipo III, em que a reação só se manifesta dias ou até semanas depois, o que se constitui como casos incomuns.

            Diante de um caso de intoxicação por picada de abelha, o animal vitimado precisa ser levado de imediato ao consultório veterinário, onde irá receber todo o suporte e monitoração necessário, visto que não há um antídoto específico. Se o indivíduo demorar a receber o tratamento adequado, dependendo da quantidade de picada que recebeu, o quadro pode se agravar e as chances de sobrevivência, diminuir.


            Fonte: RIBOLDI, E. O. Intoxicações em pequenos animais - Uma Revisão. 2010. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Medicina Veterinária) - Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2010. 


            SPINOSA, H.S.; GORNIAK S. L.; PALERMO-NETO, J. Toxicologia Aplicada à Medicina Veterinária. Barueri, SP: Manole, 2008.