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sexta-feira, 15 de janeiro de 2016

Intoxicações em anfíbios

Anfíbios são bastante sensíveis a muitos compostos tóxicos em níveis tolerados e baixos por répteis, aves e mamíferos. Isso se deve principalmente à natureza permeável da pele do anfíbio, à rede vascular cutânea extensa e à proporção alta da superfície com relação ao volume, com todas elas potencializando a absorção cutânea e a assimilação de muitos compostos. Os sinais clínicos de intoxicação são bastante vagos, mas em geral envolvem eritema, petéquias, aumento na produção de muco, irritabilidade cutânea, agitação, letargia, dispnéia, convulsões, paralisia flácida, regurgitação e diarréia. O diagnóstico preciso de intoxicação muitas vezes não é possível, devido às dificuldades técnicas do isolamento do agente intoxicante (dificuldade de obtenção de amostras no animal vivo e quantidade de material insuficiente a partir de uma necropsia). Boa parte dos compostos tóxicos está incluída entre os desinfetantes e detergentes e, portanto, deve-se evitá-los quando se limpa terrários. O tratamento envolve normalmente remoção da fonte de intoxicação (através de lavagem com água pura e fluidos parenterais) e terapia de suporte no animal afetado. Porém, é importante que isso seja feito cedo, pois caso contrário, podem ocorrer imunossupressão e infecções secundárias.

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