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quinta-feira, 30 de julho de 2015

Intoxicação por uva em cães

Tem como resistir aos lindos e grandes olhos dos nossos pets quando querem pedir um pedaçinho do que estamos comendo? A resposta é:  muitas vezes não, porém temos que ter conhecimento de que alguns alimentos que são inofensivos para nós seres humanos são bastante tóxicos para nossos bichinhos.Um deles é a uva.

Não se sabe exatamente qual parte da uva é toxica, mas foi comprovado com trabalhos de pesquisa em cães nos Estados Unidos, que pertenciam a vinícolas e que os donos davam uvas como recompensa um índice alto de doença nos rins (insuficiência renal) e desde então se estabeleceu e comprovou-se que esta fruta é muito tóxica para cachorros.

Os sintomas após a ingestão de uva são vômitos, alteração de comportamento, diarreia e em casos mais sérios os rins podem começar a parar de funcionar onde o animal para de comer, de beber água e fica deprimido, com muita dor abdominal.

O diagnóstico da intoxicação depende muito da anamnese realizada , pois os sintomas se assemelham à outras enfermidades, por isso é super importante o proprietário relatar tudo o que ocorreu antes da apresentação dos sinais clínicos (até o fato de ter dado uva ao seu cão).O alerta para isso se da pelo fato de que muitos proprietários não relatam essa parte da história, por acharem que estar oferecendo frutas não irá causar nenhum dano ao animal e o veterinário pensa em outros enfermidades dificultando o diagnostico correto.

O tratamento nesse tipo de intoxicação é somente sintomático, uma vez que não existe nenhum medicamento específico. Sendo assim, é importante se ter conhecimento acerca dos alimentos que damos aos nosso pets para evitar futuros casos de intoxicações.





Fonte: http://petcare.com.br/blog/intoxicacao-em-caes-por-uva-e-uva-passa/

terça-feira, 21 de julho de 2015

Atenção para os fungos!

Temos conhecimento de determinadas espécies de fungos presentes no dia-a-dia culinário de todos nós, principalmente quando preparamos um prato com os ditos cogumelos.
Contudo, podendo causar danos tanto a seres humanos quanto a animais, existem determinados gêneros de fungos presentes no alimento que podem causar doenças. 
Dentre os gêneros patogênicos relacionados principalmente aos animais de produção, destacam-se:

- Aspergillus sp, contaminador frequente de grãos, como amendoim, milho, arroz e trigo, produzindo as aflatoxinas;
-  Fusarium sp, presente no milho, trigo, sorgo, cevada, aveia e silagem de milho e rações, podendo produzir a fumonisina e a zearalenona.

A doença não é causada por causa da ingestão do fungo propriamente dito, mas sim de metabólitos secundários, produzidos nos alimentos ou na plantação, que o mesmo produz em condições ambientais ideais para seu crescimento. O excesso de umidade no campo e na estocagem, temperaturas extremas, práticas de colheita, estresse e infestação de insetos são os principais fatores que determinam a severidade da contaminação do alimento por essas substâncias.

A produção de aflatoxinas é favorecida por vários fatores e geralmente são produzidas com temperatura ótima entre 25°C a 30°C. Essa micotoxina pode ocasionar dano hepático agudo ou crônico, sendo o crônico o prevalente, tendo a redução do ganho de peso como primeira alteração verificada, além de haver evolução do quadro para anemia, icterícia, anorexia e depressão.
Além disso, o efeito carcinogênico e teratogênico tem sido observado em diversas espécies animais.

A produção da fumonisina, produzida principalmente pela espécie Fusarium verticilloides, é favorecida por temperaturas em torno de 20°C e 25°C. Os principais efeitos ocasionados por essa micotoxina são em equinos e suínos, causando a leucoencefalomalácia equina e edema pulmonar suíno.

Por fim, a produção de zearalenona, produzida pelas espécies Fusarium roseum, F. tricinetum, F. gibbosum e F. oxysporum, ocorre em temperaturas baixas (12° a 14°C). Os sinais clínicos mais evidentes são encontrados na espécie suína, destacando o edema da vulva e da glândula mamária, alargamento do útero, atrofia de ovário e prolapso anal e vaginal em fêmeas. Em machos, pode-se evidenciar edema de prepúcio, atrofia testicular, crescimento da glândula mamária e queda da libido e da qualidade do esperma.

As medidas fundamentais para evitar as micotoxicoses são evitar a estocagem de alimentos úmidos, secar adequadamente o cereal colhido e, fundamentalmente, não oferecer o alimento contaminado aos animais. 
Tendo em vista que não existe tratamento específico para nenhuma das micotoxicoses citadas, a única medida empregada é o tratamento de suporte. Por causa disso, faz-se necessário a presença de um médico veterinário para que sejam realizados os cuidados necessários aos animais intoxicados.

Fonte: SPINOSA, H.S.; GORNIAK S. L.; PALERMO-NETO, J. Toxicologia Aplicada à Medicina Veterinária. Barueri, SP: Manole, 2008.