Nossos animais de estimação estão cada vez mais expostos a substâncias altamente tóxicas, como raticidas, inseticidas, herbicidas, cosméticos, entre tantos outros. Por mais que os tutores tentem controlar o acesso de seus pets a esses produtos, muitas vezes os cães e gatos acabam estabelecendo contato com esses materiais.
A exposição aos agentes tóxicos pode ocorrer por várias vias, destacando-se a via oral. A ingestão de “venenos” ocorre principalmente em animais com acesso à rua, onde, infelizmente, esses acidentes são muitas vezes propositais.
Ao se deparar com casos como esses, inúmeras pessoas optam por administrar leite para o animal. Entretanto, ao contrário do que muitos pensam, essa não é uma atitude benéfica para todos os casos de intoxicação por via oral. Isso porque enquanto algumas substâncias são lipofóbicas (não tem afinidade por gordura), outras têm caráter lipofílicos (têm afinidade e são solúveis em gorduras). Dessa forma, a administração do leite, após a ingestão de um agente tóxico que se dissolve em gordura, provoca o aumento da absorção o veneno, resultando no desenvolvimento dos sinais de intoxicação.
Como, normalmente, o agente ingerido não é de conhecimento do tutor, o indicado é não oferecer leite, ou similares, ao animal. O ideal, nesses casos, é sempre levar o animal de imediato ao médico veterinário, que saberá exatamente como proceder, dependendo do estado em que o animal se encontra.
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