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segunda-feira, 29 de junho de 2015

Intoxicação por raticidas em cães e gatos.

Muitas vezes as pessoas compram raticidas no supermercado e espalham pela casa para acabar com o visitante indesejado, o rato. Para isso, costumam misturar o veneno a algum alimento, o problema é que esse mesmo alimento usado para atrair o rato, acaba chamando a atenção dos gatinhos e dos cães, que acabam ingerindo o alimento e o veneno.
Outra situação em que os pets são intoxicados é devido a ações criminosas realizadas por pessoas que compram outro tipo de veneno (praguicida) que não é vendido para esse propósito (raticida), e tentam matar o animal. 
Os raticidas de uso legal comprados nos supermercados possuem ações anticoagulantes. Eles são absorvidos pelo intestino do pet que os ingeriu caem na corrente sanguínea e impedem a coagulação, fazendo com que a hemorragia interna generalizada aconteça. O bichinho começa a ficar triste, apático, tossindo, anêmico, tem aumento da região abdominal e dificuldade de respirar. O antídoto é a vitamina K, mas outras medicações paliativas, que auxiliarão a estabilizar o animal, precisam ser administradas, na maioria dos casos.
Já no caso do praguicida (carbamato) Aldicarb chamado popularmente de chumbinho fica mais difícil salvar o animal. O pet pode morrer em menos de 10 minutos, dependendo da quantidade ingerida e de seu tamanho. Dentre os sintomas estão salivação excessiva, vômito, diarreia, convulsão, incoordenação, tremor e falta de ar.
Assim, precisamos tomar certos cuidados quando pretendemos acabar com o visitante indesejado, o rato, uma vez que não queremos prejudicar nossos amados pets.


                                   

Fonte: http://www.blupet.com.br/noticia/intoxicacao-de-caes-e-gatos-por-raticidas





sábado, 13 de junho de 2015

Leite para animais intoxicados: Mito ou Verdade?

Nossos animais de estimação estão cada vez mais expostos a substâncias altamente tóxicas, como raticidas, inseticidas, herbicidas, cosméticos, entre tantos outros. Por mais que os tutores tentem controlar o acesso de seus pets a esses produtos, muitas vezes os cães e gatos acabam estabelecendo contato com esses materiais.

A exposição aos agentes tóxicos pode ocorrer por várias vias, destacando-se a via oral. A ingestão de “venenos” ocorre principalmente em animais com acesso à rua, onde, infelizmente, esses acidentes são muitas vezes propositais.

Ao se deparar com casos como esses, inúmeras pessoas optam por administrar leite para o animal. Entretanto, ao contrário do que muitos pensam, essa não é uma atitude benéfica para todos os casos de intoxicação por via oral. Isso porque enquanto algumas substâncias são lipofóbicas (não tem afinidade por gordura), outras têm caráter lipofílicos (têm afinidade e são solúveis em gorduras). Dessa forma, a administração do leite, após a ingestão de um agente tóxico que se dissolve em gordura, provoca o aumento da absorção o veneno, resultando no desenvolvimento dos sinais de intoxicação.

Como, normalmente, o agente ingerido não é de conhecimento do tutor, o indicado é não oferecer leite, ou similares, ao animal. O ideal, nesses casos, é sempre levar o animal de imediato ao médico veterinário, que saberá exatamente como proceder, dependendo do estado em que o animal se encontra.

segunda-feira, 8 de junho de 2015

Seu animal de estimação costuma comer plantas? Dica importante!

Você já deve ter visto ou mesmo ouvido falar que um animalzinho ingeriu alguma planta em casa ou na rua. Aparentemente, não é alarmante, que mal pode fazer uma planta a um animal de estimação? Contudo, existem determinadas espécies de plantas que podem ser tóxicas ao animal doméstico.

Das várias causas que podem levar o animal a consumir a planta tóxica, a fome é a principal delas. Outros fatores que devem ser considerados são: o "vício", situação na qual os animais podem desenvolver o hábito especial de ingerir a planta; a perversão do apetite, quando o animal torna-se pouco seletivo ao alimento (por exemplo, quando ocorre a deficiência de fósforo); e a adaptação, situação na qual animais trazidos de regiões distantes e introduzidos sem um período prévio de adaptação em novas regiões são as vítimas mais frequentes desse tipo de intoxicação.

Dentre as plantas que mais afetam pequenos animais, destacam-se: espirradeira (Nerium oleander) e comigo-ninguém-pode (Dieffenbachia picta). 




Todas as partes da espirradeira são tóxicas, tendo, como princípio tóxico, glicosídeos cardiotóxicos. Os principais sinais caracterizam-se por náusea e vômitos. Geralmente, o proprietário leva o animal ao médico veterinário para tratar os sinais observados no trato gastrointestinal, mas as alterações cardíacas são as mais preocupantes, podendo ocorrer fibrilações atriais e ventriculares em estágios terminais. Como forma de tratamento, administra-se cloreto de potássio, monitorando o quadro cardíaco do animal por meio do eletrocardiograma.

Não se sabe ao certo o princípio tóxico da comigo-ninguém-pode, mas sugere-se que uma substância lipídica é responsável pela liberação de histamina dos mastócitos, além de possuir oxalato de cálcio que potencializa estomatites. Dessa forma, os sinais clínicos de intoxicação são alarmantes, tendo, pouco tempo depois do animal ingerir a planta, sinais claros de dor e irritação. Em casos mais graves, pode haver obstrução completa da faringe. Como tratamento, recomenda-se o uso de anti-histamínicos H1, além de não usar, de forma alguma, eméticos. Concomitantemente, administra-se protetores de mucosa e analgésicos.

Em ambos os casos, é de extrema importância retirar o animal do foco da intoxicação (local em que a planta está localizada) e levar à clínica veterinária para fazer os cuidados necessários. 

Logo abaixo, se encontram fotos das respectivas espécies de plantas citadas.


Dieffenbachia picta                                            Nerium oleander


Fonte: SPINOSA, H.S.; GORNIAK S. L.; PALERMO-NETO, J. Toxicologia Aplicada à Medicina Veterinária. Barueri, SP: Manole, 2008.