Os equinos, assim como outros animais de grande porte,
permanecem grande parte do tempo em contato direto com o ambiente natural e
estão sujeitos aos perigos que este oferece, incluindo os acidentes por picada
de serpente. Esses acidentes podem levar a morte do animal, causando prejuízos à
propriedade.
Os acidentes ofídicos envolvendo equinos são relativamente
comuns no Brasil e envolvem várias espécies de serpentes, incluindo as
jararacas e cascavéis. A picada geralmente afeta as regiões da face e
membros e a reação do animal varia, dependendo do tipo de veneno, da quantidade
inoculada, do estado do animal, entre outros aspectos.
Os cavalos apresentam grande sensibilidade ao veneno
botrópico (jararacas), podendo ser observada dor imediata, hemorragia e edema
local, além de reações sistêmicas, em casos mais graves, como hipotensão e
choque hipovolêmico. Quando a picada ocorre em região de focinho, o animal
afetado pode apresentar dificuldade respiratória, consequente do intenso edema
local, podendo ser necessária uma traqueostomia de emergência.
Ao presenciar um caso de intoxicação por veneno de serpente,
deve-se contatar um médico veterinário com urgência e, até sua chegada, o
animal deve ser mantido calmo e imobilizado, diminuindo a absorção e
distribuição do veneno pelo corpo.
O único tratamento eficiente consiste na administração de
soro neutralizante, somado às condutas de terapia de suporte, que são devidamente
estabelecidas pelo profissional veterinário. Dessa forma, mesmo aquelas
propriedades que já possuem soro antiofídico estocado e administram rapidamente
no animal acidentado, a visita do médico veterinário não deve ser dispensada, visto
que os sinais secundários à inoculação do veneno precisam ser combatidos de maneira
rápida e efetiva.
Fonte:
http://desenvolvimento.abccmm.org.br/artigos/rev36/pag62.htm
Nenhum comentário:
Postar um comentário