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segunda-feira, 27 de abril de 2015

A importância e os perigos do cobre na alimentação de animais de produção

Você sabia que o excesso ou a falta de algum elemento na alimentação dos animais podem causar uma série de problemas?

Assim como os pequenos animais, os grandes animais também necessitam de certos cuidados na alimentação, como uma dieta balanceada que supra as necessidades do animal e melhore sua produtividade.
Nesse caso, nosso texto irá abordar o cobre, que é um microelemento essencial à vida dos mamíferos, uma vez que participa de diversos processos no organismo, tais como a metabolização do ferro por enzimas, que são cobre-dependentes; a formação de elastina e de colágeno, que são proteínas presentes em várias partes do corpo, como nos vas
os sanguíneos; a produção de melanina, responsável pela pigmentação da pele, pelos e lã; o auxílio na intensificação da performance do sistema imune, desenvolvimento ósseo e muscular, conversão alimentar mais eficiente e melhor desempenho reprodutivo.
Contudo, a utilização de uma alimentação rica em concentrados energéticos com cobre buscando favorecer a produtividade pode aumentar a frequência de problemas metabólicos, já que, para favorecê-la, é necessário exigências nutricionais maiores. A incidência dessa enfermidade é bastante variável, dependendo das condições nutricionais estabelecidas, e é observada mais frequentemente em ovinos.
As intoxicações podem ser agudas ou crônicas. Dentro do organismo, o cobre deve sempre estar ligado a metaloproteínas para inativar a sua reatividade química, uma vez que possui grande capacidade oxidante. Porém, em altas concentrações, ele pode passar para o abomaso e os intestinos na forma ionizável e se combinar com estruturas da mucosa provocando erosões e úlceras, as quais podem acarretar severa gastroenterite e hemorragias graves.
Além dos sinais acima citados, os animais também apresentam anorexia, isolamento do rebanho, sonolência, fezes diarreicas com coloração verde metálica e grande presença de muco, hemoglobinúria e atonia ruminal. Os sinais apresentados vão depender se a intoxicação é aguda ou crônica.
O tratamento é sintomático, além de se utilizar um quelante específico e potente do cobre livre, denominado tetratiomolibdato (TTM).
Depois de todas essas informações, ficou fácil entender a importância e o cuidado do manejo zootécnico na produção animal.



Fonte : SPINOSA, H.S.; GORNIAK S. L.; PALERMO-NETO, J. Toxicologia Aplicada à Medicina Veterinária. Barueri, SP: Manole, 2008.

terça-feira, 7 de abril de 2015

Os perigos da ingestão de produtos de limpeza pelo seu Pet

Nada melhor do que manter a casa sempre limpa, né?
Porém, é necessário estabelecer bons lugares para o armazenamento desses produtos, principalmente se você tem um animalzinho curioso em casa. Nós sabemos que nossos amigos colocam tudo o que encontram na boca, por isso precisamos tomar alguns cuidados.
Alguns produtos de limpeza do dia-a-dia possuem alcaloides, ácidos e substâncias à base de petróleo que podem causar intoxicação nos nossos pets.
Os sinais clínicos variam de acordo com o produto ingerido. Eles podem ser leves, desde a letargia, mal-estar e fraqueza, até sinais gastrointestinais, como vômito, diarreia e náusea. Dentre os sintomas mais severos, podem ocorrer agitação, tremores e até coma.
Se seu pet for exposto a qualquer um dos produtos de limpeza, siga as seguintes recomendações: 
  • Mantenha a calma
  • Entre em contato com um veterinário imediatamente, solicitando orientação para os primeiros cuidados, enquanto você se encaminha à clínica veterinária. 
  • Coloque seu pet em uma área segura, longe do foco do produto tóxico.
  • Se a intoxicação foi por ingestão de substâncias cáusticas, não tente neutralizar administrando remédios caseiros, pois podem ocorrer outras reações químicas que podem agravar o problema.
Como forma de prevenção, já que muitas vezes os animais dormem em áreas de serviço, nas quais frequentemente é possível ter acesso fácil a esses produtos, o ideal seria ter mais cuidado no armazenamento dos mesmos, como colocá-los em prateleiras altas. Outra alternativa é tratar seu pet como uma criança pequena e curiosa e treiná-lo para aprender a respeitar os limites da casa, como não entrar em armários em que se possa guardar esses produtos.
Depois de todas essas dicas, sua casa pode ficar limpinha e seu pet protegido.



Fonte: http://www.cachorrogato.com.br/cachorros/intoxicacao-caes/

domingo, 5 de abril de 2015

Você sabia?

Chega a época da Páscoa, repleta de ovos de chocolate e a pergunta que nunca cessa: "Será que meu animalzinho pode comer também?"
A resposta é: NÃO!
Seu animal de estimação pode se intoxicar ingerindo chocolate, portanto evite ao máximo que ele o ingira acidentalmente e, de forma alguma, dê a ele como recompensa. Por isso, o chocolate como petisco deve ser evitado não só em datas comemorativas, mas todos os dias durante o ano.

"O chocolate tem em sua composição uma substância chamada Teobromina (encontrada no cacau), que é rapidamente absorvida após ingestão oral e é um estimulante poderoso do sistema nervoso central e do coração. A Teobromina provoca um intenso aumento no trabalho muscular cardíaco associado à uma grande estimulação do cérebro, ocasionando arritmias cardíacas graves em cães.

A concentração dessa substância no chocolate pode ser de 3 a 10 vezes maior do que na cafeína, por exemplo, e a quantidade dela para intoxicar gravemente um cão é calculada em torno de 100 a 200 mg/kg. Porém, há relatos de sintomas de intoxicação, como vômitos e diarreia, com ingestão de apenas 20 mg/kg. Também há relatos de sintomas de efeitos cardiotóxicos com ingestão de 40 a 50 mg/kg de chocolate. Há, ainda, relatos de efeitos drásticos com a ingestão não só de chocolate em barra, mas também de chocolate em pó dissolvido em leite e oferecido a cães.

Geralmente, os efeitos clínicos dessa intoxicação são percebidos entre 6 a 12 horas após a ingestão do chocolate. Os sintomas iniciais são: aumento da ingestão de água, vômito, diarreia, dilatação abdominal e inquietação (incômodo, agitação). O quadro pode evoluir para hiperatividade, aumento do volume urinário, ataxia, tremores e estado de apreensão. E, mais fatidicamente, aumento da frequência dos batimentos cardíacos (taquicardia), aumento dos movimentos respiratórios (taquipneia), azulamento das mucosas (cianose – falta de oxigenação nos tecidos), hipertensão, aumento da temperatura corpórea e o quadro pode, enfim, evoluir para hipotensão, queda da temperatura corpórea, coma e morte.

O tratamento é difícil, objetivando a estabilização das funções vitais do organismo de acordo com a sintomatologia que está ocorrendo".

Vale ressaltar que, no mercado de hoje, existe chocolate próprio para os animais, o qual não contém a substância ocasionante da intoxicação.
Uma boa Páscoa a todos!

Fonte: http://www.saudeanimal.com.br/rogerio_intoxicacao_choco.htm

quarta-feira, 1 de abril de 2015

Olá!

Bom, pessoal, este blog foi criado com a finalidade de propor, numa maneira mais acessível e interativa, conteúdos referentes à toxicologia veterinária, incluindo vídeos, imagens, curiosidades, artigos científicos e muito mais!

Sejam todos bem-vindos e espero que gostem das postagens!